domingo, 13 de maio de 2007

"3 MINUTOS DE CONVERSA SOBRE DIAS ESCUROS"

*Tenho vindo a desenvolver este projecto ao longo de mais de 5 meses.
A ideia nasceu do som de um saxofone, quando em Outubro assisti a um espectáculo em Lisboa, que abria com um saxofonista sozinho em palco. Dai o filme e o meu personagem, RINGO, servirem-se do saxofone como pontuação para estados de espírito, reacções e atitudes, e o saxofonista funcionar no papel de adjuvante.
A escrita do guião foi acompanhada semanalmente pelo professor Leandro Ferreira, acompanhamento esse que me ajudou a criar a tensão necessária em cada cena, e a ter uma estrutura dramática coerente e consistente.
Na estrutura de “Dias Escuros” recorri aos flashes back’s, para dar ao filme uma construção de suspense, e mistério, que há até à última cena, que é a mesma que leva o espectador ao tempo real, ao presente. Só na última cena é que o espectador percebe que esteve a assistir a uma história dentro da própria história. Até lá o tempo varia entre o passado e o presente.
Com a história dentro da história quero que o meu personagem mostre a capacidade criativa que o ser humano tem, em criar vidas e espaços imaginários, tal e qual como nós fazemos nos sonhos enquanto dormimos.

Na Pré-Produção já vão quase 3 meses de trabalho, o que me deixa dizer que tenho o projecto bem avançado, e até agora, sem nenhum problema de produção.
Este filme também foi um projecto pensado consoante os meios de produção disponíveis. Com 4 décor’s, “Dias Escuros” consegue ter um dia de filmagens por décor, o que dá ao filme fiabilidade de concretização. Outro ponto em que tenho dedicado muito tempo é aos cenários, que são vitais no projecto. Por isso tenho listas detalhadas de adereços, e uma garagem cheia de “tralha” que vou guardando à espera da vossa luz verde. Ao dispor da minha produção também já tenho uma carrinha de caixa aberta para transportar os adereços dos 2 décors onde são necessárias alterações.

Todos os décors que estão na repêrage estão assegurados, não só no que respeita à ocupação, mas também ao fornecimento de energia.
Na música, visto ter sido com ela que a ideia nasceu, já falei com o coreografo do bailado que assisti em Outubro, Benvindo Fonseca, que me cede a música do espectáculo. E também tenho planos, para com 2 colegas de produção e com a parceria da escola superior de música compor-mos música original.
Em dois dos décors há animais, o que espero que não assuste os mais cépticos. Um dos animais é um cão, para isso vou usar a minha cadela que teve treino. O outro é um gato de telhado, por isso só temos que o largar no Décor, que é fechado, e ele anda pelo quarto do Ringo, tal e qual como na realidade.




*Este texto foi apresentado com o dossier de produção, na sessão que houve com os representantes das entidades que apoiaram o filme.

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